sexta-feira, 18 de junho de 2010

Alpondras concretas

Por Vanessa Ferraz

Pedras no caminho e sua suave travessia. Assim começa a segunda cena apresentada no festival de cenas curtas no dia 17 de junho, quinta-feira. No palco, a atriz criadora Tana Guimarães retira as pedras postas em linha reta e as agrupa perto de si enquanto forma uma nova estrutura performática. Ela se mistura em meio às alpondras e nota-se um emaranhado de expressões que nos transmitem pensamentos de todas as espécies. O que pode parecer abstrato a olhos nus, é, na verdade, muito concreto. “Acho a palavra ‘abstrata’ o oposto da cena. Abstração é algo que vai além do concreto, e o que a cena sugere é uma possibilidade de leitura”, afirma a protagonista.


Com poucos elementos no palco, o contexto em que a atriz se encontra, aparenta um vasto caminho de pedras a serem exploradas. “No sentido da narrativa esta cena exige um pouco mais, para suprir tal coisa trabalho muito á qualidade dos movimentos”, explica Tana. Sem mais delongas a cena apresenta a ideia de que ultrapassar barreiras e conflitos requer muito pensamento e raciocínio, sem esquecer é claro, do sentimento.

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