Morte irreverente em O funeral
Por Vanessa Ferraz
Um misto de dança, irreverência, excelente atuação e interação com o público. Foi assim, O Funeral, a cena que abriu a 11ª edição do Festival de Cenas Curtas. Apontando a normalidade de um acontecimento que abala a todos os seres humanos, a palhaça Umbigolina nos faz enxergar o lado inverso dessa situação cotidiana da vida. Em 15 minutos, ela empolga com sua alegria e conteúdo dramático; em meio a espirros e expressões corporais, manifesta, ao público, a idéia de que a morte pode não ser algo tão ruim assim. “A morte é apenas uma fase, para mim é encantador trabalhar com esse tema através do clow. É uma maneira de perder o medo, de colocá-la com jocosidade, lirismo. É uma forma de diminuir esse peso que ela carrega”, diz Joice Aglae, a atriz amazonense criadora Umbigolina.
Utilizando um vestido verde, pulseiras barulhentas, máscara e cabelos ouriçados, a palhaça trás vida a um tema fúnebre, tocando além de sua caixinha de músicas, também o público no Galpão Cine Horto. “Trabalho com a máscara, que já é a morte do ator. O ator tem que morrer para a máscara viver”.
Bom... ela só não é amazonense.
ResponderExcluirEnfim.