sábado, 20 de junho de 2009

Noite de comemoração e espetáculos

Por Andreza Martins Barcelos

O relógio marcava 19h. A noite belo-horizontina se inicia e junto suas atrações. Bilheteria enchendo, pessoas subindo e descendo escadas, corre-corre dentro do Galpão Cine Horto e muita euforia lá fora. A fila já está enorme, tanto a de entrada quanto a de compra de ingressos, e a impaciência para que permitam a entrada se revela.

Para surpresa, e também conter um pouco a exaltação de ânimos, um casal de divertidos mestres de cerimônias aparecem em meio ao hall com chapeuzinhos de festa e taça de champanhe, para quê? Para comemorar os 10 anos do Festival Cenas Curtas.

Enfim, a entrada foi autorizada e o divertido casal guiou o público por um caminho que hospedava quadros em suas paredes que contavam a história do festival, ano a ano até chegar ao ano de 2009, o qual a comemoração teve direito a bolo confeitado, personalizado e balas delícias.

Ingresso entregue, ficha de votação de melhor cena nas mãos, está na hora de entrar no teatro, todos acomodados em seus lugares, ou melhor, quase todos, já que muitos infelizmente não entraram por falta de lugares, aguardando o início do Cenas Curtas 2009.

A luzes se apagam e um vídeo retrospectivo com depoimentos e imagens sobre os 10 anos de Festival é projetado e apresentado ao público. Findo o vídeo, aviso para que desliguem os celulares: vai começar!

Palhaços em cena com direito a participação da platéia, eram os convidados do Grupo Compalhaçada. A cena “Boxe com palhaçada”, que venceu o Festival Breves Cenas da cidade de Manaus, conta sobre dois palhaços que disputam o coração e o amor da palhaça em um ring de boxe.

Vermelho, branco, preto, cores foscas e um tom de mistério no ar, a cena “Malevolência”, dirigida por Jonnatha Horta, trouxe à mostra a perversão que está dentro de cada ser humano, independente de religião, credo ou cor.

Em seguida, a saga das cinco cabeças que há mais ou menos 27 anos estão na estação à espera der um trem e de Nick Van Drick, que foi comprar cigarros e nunca mais voltou, era a cena dirigida por Byron O’Neill, “5 cabeças a espera de um trem”.

Um miserável, alcoólatra e que morreu por uma indignação. Na cena “O caminho do cemitério” o público é conduzido por narrações, de Cristina Vilaça e Marcelo Cordeiro, que nos faz pensar sobre os motivos que cada um tem para agir de diversas formas perante sua vida.

Uma voz canta ao fundo, vídeos são projetados no tecido branco e dois corpos estão estirados no chão, “Para aqueles que lavaram as mãos” veio diretamente de São Paulo, com direção de Renato Bolelli, para colocar em discussão a situação da busca pela identidade masculina.

As luzes se acendem. Pronto, cinco cenas apresentadas, mas só quatro estão em votação, é hora de votar na melhor da noite. Escolha feita, ficha entregue, caminho de saída, afinal já são 23h45. Alguns seguem para o bar outros para casa. O teatro esvazia-se, mas fica uma certeza, amanhã a casa volta a lotar, afinal, hoje foi apenas o início, o primeiro dia do festival.

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