sábado, 20 de junho de 2009

Eu me vendo por muito menos do que você paga: Artaud reloaded



Por Mónica Herrera

Algumas descobertas da segunda noite:

- o Conjunto Vazio não se vende, o público do Galpão sim;

- os tomates podres ainda têm capacidade de atingir distancias interessantes apesar do seu escasso peso;

- o público do teatro independente tem muita violência reprimida.

Suspeitas ainda questionáveis:

- os grupos anti-instituições já não jogam molotovs nas instituições mais comerciais, agora estão detonando aos “supostos” “independentes”?

Sem entender:

- porque todo mundo parecia achar que estava comprando quando estava se vendendo?

Confirmações:

- não ver na mera originalidade, ou na originalidade vazia, além de simpatizar com a irreverência, algo que motive.

13 comentários:

  1. Resposta do [conjunto vazio]:

    1. somos mais influenciados por sex pistols do que por beckett.
    2. não vendemos entrevistas. compramos apenas votos e o preço é R$ 3,00.
    3. as atividades do [conjunto vazio] são experimentos de estratégias para charlatanismo crítico

    ResponderExcluir
  2. 1. cuidado com as piscinas.
    2. nunca pretendi comprar uma entrevista mas a vocês, de acordo ao ofertado na sua "sinopse", a entrevista era parte da oferta de compra. Os votos eu dou de graça, e obrigada por gobernos posso ter que votar em branco ou anulada as vezes.
    3. deve ser frustrante que seus experimentos funcionem tão bem.

    ResponderExcluir
  3. Conjunto Vazio: vá procurar sua turma. O conjunto vazio ao qual este conjunto vazio pertence é outro que deve ser ainda mais vazio, e não o daqueles que apresentaram seus trabalhos no 10º Festival de Cenas Curtas. Ademais, o que vocês apresentaram como suposta novidade já foi feito por outros com competência e não com o improviso medíocre de vocês. Sinto muito, mas teatro não é isso. Se vocês classificam o seu trabalho de happening ou performance, ou que outro nome queiram dar, por favor vão se apresentar num contexto aonde ele se encaixe e não aonde o apresentaram. A turma de vocês é outra, realmente um conjunto vazio.

    ResponderExcluir
  4. Agora não sei se mais vazio que o conjunto era o ator que na proposta de sua "não clareza", ainda assim, conseguiu traçar um breve perfil da mentalidade oca e sensacionalista dos jovens que, sem terem vivido o encantamento da vida e o papel fundamental da arte, negam aquilo que não conhecem e "compram" uma platéia para aplaudir e dar votos à imbecilidade que assola os que quizeram aparecer através do suposto choque que pensam ter provocado em nós "não espectadores" da sua "não nada". ANNA GURGEL

    ResponderExcluir
  5. Obrigada pelos comentários. Que na verdade são mais críticas próprias que comentários à minha crítica.
    Ainda assim, sinto-me na obrigação de me posicionar.
    No que diz respeito ao "improviso", medíocre ou não, da cena, tenho que discordar de Caloga, não foi tal: o aproveitamento do palco e a coordenação da retórica vazia indica claramente que não foi improvisado.
    Sobre a compra do público. Eu claramente houvesse preferido que aqueles que haveriam votado igualmente por eles cortassem aquilo com um "Valeu, você ganhou meu voto", porque acredito que a performance foi exitosa, funcionou. Mas ainda assim, o lance de propor se vender e acabar comprando funcionou também.
    Só gostaria de dizer que não sou parceira do verbo "funcionar". Mas reconheço que tem coisas que funcionam.

    ResponderExcluir
  6. Me agrada ver recalcados baboes cuspirem fogo. A oferta foi feita, se vendeu quem quis, inclusive o coletivo responsável pela cena. O [conjunto vazio] nunca deixou de saber que só consegue produzir esse tipo de lixo. Há demanda, nao? Há quem compre, nao? Há quem se venda e isso sobra na multidao, nao? Estao chateadinhos por terem perdido o concurso, né? Aff...

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  8. Carlos Duarte, o senhor tem tomado seus remédios ou seu nervosismo em debates no Galpão é só com adolescentes sarcasticos e pretensiosos?

    Senhora Anna Gurgel, me desculpe mas eu não discuto com escritores de livros de auto-ajuda... sabe como é, já basta a vida sendo falsa comigo e lucrando com a minha infelicidade! (ahhh você esqueceu de fazer propaganda do seu livro, rola de me dar "A Força da Vida" to precisando de mais repertório charlatanico?)

    ResponderExcluir
  9. Baba, Biba, Boba.

    "Golpe publicitario". Bla, bla, bla. Sem direitos de autor.

    ResponderExcluir
  10. Querido, você não leu e nem gostou ...boa retórica. Meus livros publicados não são de auto-ajuda, benzinho, mas não preciso de usar seu espaço para me promover. Fale sobre o que conhece. Minha critica foi baseada no que eu assisti e no que ouvi no debate. Eu não estava lá para me vender pro "alguns tostões". Não preciso do seu "voto" para minha literatura e minha poesia. Pena que minha charlatanice tenha sido julgada sem fundamento. Eu falei do que vi em função da provocação que senti. Caminho pelo mundo da arte antes mesmo de vc nascer mas, vc não foi lá para fazer arte...E acabou ganhando. Quero lhe dar os parabéns!!! Vc vai longe!!!O que não lhe vai faltar neste Brasil é público. Obrigada por mencionar um dos meus livros. ANNA GURGEL

    ResponderExcluir
  11. Paulo Rocha:
    Você ainda tem que comer muito feijão com arroz. Vá viver, menino. Vá ler mais, vá se instruir mais, vá ver o que toda a humanidade fez antes de você que chegou agora e pensa que sabe tudo. A vida não é esse seu conjunto vazio.

    ResponderExcluir
  12. Engraçado o nível de arrogância de ressentidxs mimadxs como Gurgel e Caloga. Quer dizer que já têm estrada suficiente para orientarem aos do [conjunto vazio] o que é "viver" ou "se instruir", nao?... O tanto que vejo vocês se remexerem por causa de molequices falidas e "medíocres" que nao têm o mínimo compromisso com seu mundinho reduzido da arte (molequices que, ainda assim, sabem como deixar os auto-proclamados artistas com pulgoes atrás das orelhas e coceiras no próprio rabo - leia-se EGO) realmente me satisfazem. Se quiserem, indico terapias boas para a velha guarda frustrada que até hoje crê poder se manifestar (e o fazem porcamente, como Gurgel e Caloga) por meio das ditas essencialidades que QUEREM VER na produçao artística. Nao está em questao se há originalidade ou nao, nunca esteve. O [conjunto vazio] nunca negou que age por obra de plágios ou reciclagens de clichês, portanto nunca pretendeu ser "original". VOCÊS escolhem ver isso no que fazem, e isso mostra o quanto sao dotados de leituras rasas sobre o seu próprio gueto.

    Aos vencedores, os tomates. "Toda a humanidade", Caloga, já era.

    ResponderExcluir
  13. Se vamos fazer um debate tipo sex pistols, vamos nos xingar direito!
    Se não, gostaria acrescentar que ignorei na hora algumas datas-espelho-nome-do-pai (odeio escrever assim, mas estou com preguiça de desenvolver o argumento):
    http://x-initiative.org/blog/2009/06/24/no-soul-for-sale-performance-schedule/

    ResponderExcluir