Por Renata Botelho
Dias lotados com direito a fila de espera, manifestações calorosas da platéia, intervalo com direito a água, cerveja, refrigerante e a identificação de um iluminado entre nós por dois personagens ilustres. Acompanhei o Festival na sexta e no domingo e estas foram lembranças que para mim conseguem transmitir um pouco do clima do Cenas Curtas.
O Cenas Curtas propõe a seus participantes a oportunidade de experimentar novas linguagens e criações cênicas. Em todas as cenas percebi o esforço de cada um dos grupos em desenvolver aquela idéia de um ponto de vista pouco comum, que fugisse do óbvio.
Na sexta-feira, tive a oportunidade de conhecer a não-linearidade das lembranças de uma caixinha, presenciar um crime envolvendo uma esposa frustrada e um marido corrupto, me divertir com o encontro de um dos mestres da literatura brasileira e um ritual da religiosidade popular e a manifestação midiática de uma crítica da indústria cultural. Com tantos contextos diferentes, eu e mais alguns colegas de platéia conseguimos perceber algumas similaridades de expressão entre duas cenas.
Dias lotados com direito a fila de espera, manifestações calorosas da platéia, intervalo com direito a água, cerveja, refrigerante e a identificação de um iluminado entre nós por dois personagens ilustres. Acompanhei o Festival na sexta e no domingo e estas foram lembranças que para mim conseguem transmitir um pouco do clima do Cenas Curtas.
O Cenas Curtas propõe a seus participantes a oportunidade de experimentar novas linguagens e criações cênicas. Em todas as cenas percebi o esforço de cada um dos grupos em desenvolver aquela idéia de um ponto de vista pouco comum, que fugisse do óbvio.
Na sexta-feira, tive a oportunidade de conhecer a não-linearidade das lembranças de uma caixinha, presenciar um crime envolvendo uma esposa frustrada e um marido corrupto, me divertir com o encontro de um dos mestres da literatura brasileira e um ritual da religiosidade popular e a manifestação midiática de uma crítica da indústria cultural. Com tantos contextos diferentes, eu e mais alguns colegas de platéia conseguimos perceber algumas similaridades de expressão entre duas cenas.
Em “Francisca” as atrizes utilizaram um recurso de caracterização de personagens através da troca de papéis. A cena é a história de uma mulher humilhada pelo marido que decide que a única solução seria matá-lo. Em muitos momentos cada uma assume um lugar, seja do marido ou do inconsciente de Francisca. Já em “Corpo fechado”, Mário Andrade participa de uma cerimônia de catimbó, interpretado por dois atores que trocam inúmeras vezes de papel para apresentar ao público as particularidades notadas no registro do autor. Mesmo se tratando de um recurso parecido em cada cena, ele teve um propósito único. Seja para contextualizar a história e gerar uma tensão entre platéia ou dar um ar mais cômico e leve.
No domingo a semelhança da vez foi o viés que transcorreram as cenas: o relacionamento. “Quando a energia acaba” fala um pouco sobre os anseios e os desejos de pessoas, que geralmente são meros transeuntes do nosso cotidiano, em meio a uma expressão corporal bem aplicada e uma narrativa que entrelaça todas as histórias. ”O beijo” explorou a desconstrução de um espetáculo para contar a história de um casal de amigos que se apaixonam na experimentação de um beijo. “Da solidão que há entre nós” a perda de um irmão gêmeo e o reflexo da solidão em meio ao cotidiano. Já “O seqüestro” cativou a todos com a interação de dois palhaços que pretendiam realizar um seqüestro e o público do festival. Este relacionamento na cena foi fator determinante para sua fluidez. Um belo fechamento para animar o público que ainda aguardava a comemoração de mais de 10 anos de várias histórias.
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