terça-feira, 23 de junho de 2009

Boxe com palhaçada: o clown que se fez nas ruas

Por Breno Procópio
Salve! Salve! Respeitável Público, agora com vocês o humor inebriante, a trama mais hilária, a fina flor do riso: Booooxeeeee com Palhaçada!

Clap, clap, clap, clap... A platéia aplaude com vibração, na expectativa que o espetáculo se inicie logo.

Começa a tocar uma música triste e aparece uma palhaça chorando em profusão pela partida do seu marido-palhaço. É Cafusca: palhaça valente, resolvida, rápida na língua como forte relâmpago. Ela dá de ombros para o sumiço do cujo e vai logo tratar de dar linha à vida.

De súbito, dois novos pretendentes aparecem, os palhaços Debilóide e Meiofino, loucos pelo amor de Cafusca. A trama segue com a preparação do duelo pelo coração pulsante da palhaça. Um ringue é montado com a ajuda do público e a aventura do riso e do improviso não cessa mais.


Eleita a melhor cena do Festival Breves Cenas, de Manaus, o “Boxe com Palhaçada” aceitou o convite do grupo Galpão e trouxe humor, irreverência e muito improviso para o Cenas Curtas. O grupo formado por Ariane Feitosa (Cafusca), Idelson Mouta (Debilóide) e Jean Linhares (Meiofino) realizou a abertura do festival, em duas apresentações nas noites de quinta-feira e sábado. O Compalhaçada fez mais: deu seu recado e marcou seu lugar na 10ª edição do festival mineiro.

O que o público não imagina é que a história do grupo se forjou nas ruas, do jeito mais puro e tradicional da arte popular. Os irmãos Idelson Mouta e Jean Linhares já faziam teatro profissional há quatro anos em Manaus quando conheceram Ariane Feitosa. Os três compartilhavam o prazer pelo improviso e desejavam estudar mais as técnicas de palhaço. “Naquela época, nós não tínhamos na cidade alguém que pudesse nos ensinar o clown. Então, nós aprendemos fazendo, na rua, descobrindo possibilidades com o público”, explica Idelson Mouta.

Eles se juntaram e passaram a compor a Trupe da Alegria, fazendo visitas nos hospitais da cidade para ajudar os doentes. Em 2006, o grupo conseguiu entrar em um dos projetos do governo do Amazonas, que consistia em apresentações cênicas em espaços públicos da capital. “Todos os domingos nós três íamos para o Largo de São Sebastião, bem em frente ao Teatro Amazonas, e fazíamos uma hora e meia de improvisação. Não tinha um tema definido, o público é que escolhia”, conta Idelson.

Da experiência nasceu o grupo Compalhaçada. “Queríamos criar um espetáculo de palhaços, que tivesse um triângulo amoroso. Foi quando vimos um vídeo do grupo catalão “El Tricicle”, no qual os humoristas lutavam boxe. Surgiu a ideia do duelo pelo amor de Cafusca”, relata Jean Linhares.



“Na primeira montagem que fizemos usávamos luva de boxe. Depois, substituímos a luva de boxe pela de cozinha, o calção pelo pijama. Tudo para tornar os elementos cênicos mais próximos do universo do palhaço”, conclui.

Breves Cenas & Cenas Curtas

No Festival Breves Cenas, o Compalhaçada se viu diante de alguns desafios: síntese, dramaturgia e palco. “Nós estávamos acostumados com a rua e apresentações de mais de uma hora. No festival, tivemos que reduzir a cena, avaliar os quadros mais importantes, além de aprender a improvisar no palco e em ambiente fechado”, explica Idelson Mouta; mas a avaliação, segundo ele, foi positiva “tanto que ganhamos o primeiro lugar”.

Para os atores, o festival que começou este ano em Manaus representa mais um incentivo para os grupos e o teatro do Estado. Segundo Jean Linhares, o teatro amazonense está crescendo muito e o calendário está cada vez melhor. “Agora temos em março, o Breves Cenas; em setembro, a Mostra de Teatro e em novembro, o Festival do Amazonas, que reúne grupos de toda a região norte do Brasil”.

Quando o assunto é a participação no Festival de Cenas Curtas, os atores afirmam que estão muito contentes em poder trocar experiências e conhecer uma outra realidade no fazer teatral. “Primeiramente, é uma honra estar aqui com o grupo Galpão e com tantas pessoas que respiram teatro. A arte que se faz em Minas é muito ousada, ela se propõe muito, quer ir além dos limites. Nós vamos levar isso para Manaus”, afirma Idelson Mouta.

2 comentários:

  1. Esse idiota que diz ser um ator aqui em manaus,fez a maior idiotice da sua vida.
    Maguou os sentimentos de uma criança,e ele sab perfeirtamente do que eu estou falando.
    Quem e ele,o famoso Idelson Mouta de Lima,cuidado ele nao e o que aparenta ser,mas o castigo vem a galope,tua batata ta assando!!!

    att-Kezia Rodrigues de Leiros

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  2. PARABENS AMIGOS, VCS SAO OS MELHORES, SEMPRE FORAM, OS CONHEÇO A MUUUITOS ANOS E SEI DO PROFISSIONALISMO DE VCS, O IDELSON MOUTTA MEU AMIGO, MEU IRMAO O SER HUMANO MAIS HONESTO, MAIS COMPROMETIDO, MAIS DIGNO, E MAIS PROFISSIONAL Q CONHEÇO, A QUASE 20 ANOS, E TODOS Q REALMENTE O CONHECE SABE QUEM É ESSE HOMEM QUE TEM DEUS COMO SEU CONDULTOR EM TUDO O QUE FAZ, PARABENS AMIGO, NADA E NEM NINGUEM, VAI TIRAR DE VC ESSE BRILHO DIVINO, VC É CAMPEAO E DANE-SE QUEM ESTIVER SE ROENDO DE INVEJA, BEIJO AMIGOSSSSSS.(JULIA SOUTELLO, PROFESSORA E DIRETORA DE TEATRO)

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